‘Aquaman 2’ abre na liderança das bilheterias de quarta-feira

Aquaman 2 – O reino perdido (Warner) abriu na liderança diária desta quarta-feira, 20, com R$ 3,7 milhões arrecadados e 178,4 mil ingressos vendidos, de acordo com dados estimados do Filme B Box Office Brasil. Esta é a maior abertura diária de uma produção Warner/DC em 2023, e pode significar que, apesar da tendência de esgotamento das adaptações de quadrinhos, o fator férias escolares funciona como um combo potente para esse tipo de filme.

O resultado garantiu a Aquaman 2 a segunda colocação do ranking semanal, e chamou atenção por corresponder a 98% do valor que Wonka (Warner) arrecadou entre segunda e quarta-feira, e 74,1% do público registrado no mesmo período. A diferença entre os dois critérios é atribuída ao p.m.i. mais alto de Aquaman, já que o título infantil tem uma grande parcela de ingressos de meia-entrada em suas vendas.

O reino perdido permitiu ainda uma ótima sustentação às bilheterias brasileiras. No total, a cine-semana fechou com uma retração muito tênue de cerca de 7% em público e renda, com R$ 28,7 milhões arrecadados e 1,4 milhão de espectadores.

Warner sobe quase 10 pontos percentuais em market share

A chegada de Aquaman 2 aos cinemas brasileiros também ajudou a reforçar a posição de liderança da Warner no market share. Ao lado de Wonka, o super-herói ajudou a distribuidora a subir quase 10 pontos percentuais na parcela de mercado, em relação ao fim de semana.

O prelúdio de A fantástica fábrica de chocolate fechou a cine-semana novamente como o título que mais gerou renda e atraiu espectadores no circuito brasileiro. No total, foram registrados R$ 11,9 milhões (-21,3%) e 619,5 mil (-21,6%) entre os dias 14 e 20 de dezembro. Vale notar que, entre segunda e quarta-feira, o longa retraiu apenas 17% em renda e 19% em público, enquanto, durante o fim de semana, as quedas foram de 23% e 24%, em um comportamento de bilheteria típico de férias escolares. Wonka, soma agora 1,4 milhão de ingressos vendidos.

Novo Jogos Vorazes supera 2 milhões de público

O quarto colocado Jogos Vorazes – A cantiga dos pássaros e das serpentes (Paris) cruzou, na terça-feira, a marca de 2 milhões de público. O filme registrou uma renda 41,8% inferior e um público 41,7% menor, se comparado à cine-semana anterior.

Godzilla minus one (Sato Company) caiu da segunda para a terceira posição, mas com bons resultados. O longa japonês foi visto por mais de 50 mil pessoas entre segunda e quarta, e fecha sua primeira semana de exibição com R$ 2,8 milhões arrecadados e 148,5 mil espectadores

Napoleão (Sony) segue sendo o representante de filmes para o público maduro no top 5. Entre 14 e 20 de dezembro, o épico de Ridley Scott rendeu R$ 1,7 milhão (-48,6%) com a venda de 67,5 mil ingressos (-50,4%). O longa deve superar hoje a marca de 800 mil espectadores.

Vale chamar atenção também para o sexto colocado O sequestro do voo 375 (Disney). O longa de ação, que já era a quarta maior bilheteria de um filme brasileiro lançado em 2023, agora ocupa a quarta colocação do ano também em termos de público (179,8 mil).

 

‘Aquaman 2’ chega hoje aos cinemas, e é a principal estreia da semana

A cine-semana de 14 a 20 de dezembro tem chances de fechar em crescimento graças à estreia de Aquaman 2 – O reino perdido (Warner), que acontece hoje, 20. O filme ainda não teve circuito de abertura divulgado, mas se espera que o alcance seja amplo, considerando o significado da marca para o mercado brasileiro — o primeiro Aquaman estreou em mais de 700 cinemas e 1,8 mil salas, atraindo 1,6 milhão de espectadores em seu primeiro fim de semana de exibição.

A sequência também tem a seu favor a campanha de divulgação, que incluiu a presença do elenco principal e do diretor James Wan na CCXP 2023. O evento é especialmente importante para adaptações de quadrinhos, considerando que funciona como uma vitrine para um público de nicho e consumidor desse tipo de mídia.

O time que representa O reino perdido, está em turnê pelo mundo para divulgar a estreia e este é um dos motivos para especialistas de mercado apostarem em um desempenho mais expressivo internacionalmente (de US$ 75 milhões a US$ 80 milhões), se comparado às expectativas de resultados nas bilheteria dos EUA/Canadá (US$ 40 milhões). Além disso, no mercado norte-americano, Aquaman 2 encontra forte competição da própria Warner, com a segunda semana de exibição Wonka e a estreia de A cor púrpura.

De acordo com o Deadline, outro mercado com desafios para o filme é o sul-coreano, onde os títulos locais — em especial 12:12 The Day — estão em alta. Na China, onde o primeiro Aquaman teve sua segunda maior renda (US$ 291,8 milhões), a sequência está liderando as pré-vendas do período, mas, vale lembrar que títulos hollywoodianos têm encontrado dificuldade no território asiático desde o início da pandemia.

O esgotamento das adaptações de quadrinhos também pode impactar as bilheterias globais. Mas vale lembrar que, no Brasil, o gênero ainda tem um público fiel, que trouxe resultados positivos para títulos que internacionalmente não alcançaram as expectativas do mercado, como Besouro Azul (Warner), impulsionado pela presença de Bruna Marquezine, e The Flash (Warner).

Beyoncé e Os Três Mosqueteiros tomam conta de mais de 200 salas

A cine-semana que se inicia nesta quinta-feira, 21, recebe outros dois lançamentos amplos, que tomam conta de mais de 200 salas. O primeiro deles é Os Três Mosqueteiros – Milady (Paris), que tem sessões garantidas em 236 cinemas e 266 salas. Além de as sessões antecipadas do filme terem garantido uma posição no top 20 da última semana, o primeiro longa da franquia francesa vendeu mais de 100 mil ingressos no Brasil.

Abrindo a próxima cine-semana, Renaissance – Um filme de Beyoncé (Trafalgar) estreia em mais de 200 cinemas e salas pelo Brasil. O longa, que mistura documentário e show da cantora, já arrecadou US$ 38,8 milhões globais. Por aqui, a expectativa para o filme é alta entre os fãs, principalmente porque a turnê retratada nas telonas não tem previsão de passagem pelo Brasil. 

Propriedade chega a 30 cinemas e salas pelo selo Sessão Vitrine, que oferece ingressos a valores mais baixos. O longa de Daniel Bandeira, acompanha o levante de trabalhadores de uma fazenda e o conflito travado entre eles e a família dona da propriedade.

Hoje, o filme brasileiro ganha exibição no MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), no programa The Contenders, que reconhece produções com potencial de se tornarem atemporais. 

O drama irlandês A menina silenciosa (Imovision) chega a 16 salas amanhã, com a história de uma garota que vive em um ambiente familiar disfuncional e é enviada para a casa de parentes distantes.

Minha irmã e eu ganha sessões antecipadas a partir de domingo

Vale lembrar que, a partir de domingo, 25, os cinemas recebem também as sessões antecipadas da aguardada comédia brasileira Minha irmã e eu (Dt/Paris) em 452 complexos e 530 salas.

Senado aprova Cota de Tela para os cinemas

O Senado Federal aprovou  o Projeto de Lei 5.497/2019 que prorroga, até 2033, a obrigatoriedade de exibição de produções independentes brasileiras no mercado cinematográfico do país. De autoria do então deputado federal Marcelo Calero, relatado por Jandira Feghali (PCdoB/RJ), na Câmara dos Deputados, e por Humberto Costa (PT/PE), no Senado, o projeto seguirá para sanção presidencial. A aprovação atende uma das principais expectativas do setor cinematográfico, expressa desde a campanha de Lula. Na verdade, sua implantação era esperada ainda no primeiro semestre. Mas, justiça seja feita, em função da lentidão do processo de deliberação, havia o temor de que não houvesse tempo para sua aprovação este ano, de forma que a notícia é muito boa. 

Caberá à ANCINE elaborar estudos de impacto regulatório e controlar a efetivação da norma. O texto determina que o Poder Executivo regulamentará, anualmente, sobre os critérios e parâmetros para cumprimento da cota, especialmente no tocante ao número mínimo de sessões por filme e na diversidade de títulos. Para tanto, serão ouvidas as entidades representativas da produção, da distribuição e da exibição, além da própria ANCINE; a quem cabe, dentro do escopo de suas atribuições, o papel de órgão regulamentador da indústria audiovisual brasileira. 

É, no mínimo, curioso que o Poder Legislativo tenha o temor de que o órgão criado para controlar e propor a regulamentação do setor seja excluído das consultas públicas sobre o tema.

Mas, desconsiderado o paradoxo, a hora é de implantar uma política pública, através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), de apoio à produção de filmes populares, capazes de gerar uma participação de mercado relevante para o cinema brasileiro. Para tanto, o melhor caminho é a adoção de mecanismos de seleção automáticos, baseados em desempenhos de bilheteria de produtores e distribuidores, em detrimento de critérios subjetivos que resultam em escolhas de projetos quase nunca incontestáveis.

 

Mais de 100 mil pessoas já assistiram a ‘Godzilla minus one’ no Brasil

Godzilla minus one (Sato Company) superou ontem a marca de 100 mil ingressos vendidos, totalizando 112,3 mil espectadores. Em apenas seis dias de exibição — o filme teve sessões antecipadas no dia 1º —, este já é o terceiro maior público de um filme japonês em 2023, atrás apenas de Demon Slayer – Para a vila dos ferreiros (149.817), da Cinecolor, e Cavaleiros do Zodíaco – Saint Seiya: O começo (261.434), da Sony.

O acumulado foi impulsionado pela abertura oficial de Godzilla minus one, que, entre 14 a 17 de dezembro, levou 90,4 mil espectadores às suas sessões, gerando R$ 1,8 milhão — a segunda maior abertura de um filme japonês em 2023, atrás de Cavaleiros do Zodíaco (138.433 ingressos e R$ 2.878.526).

As marcas alcançadas e a boa aderência ao filme mostram o impacto de uma boa repercussão internacional nas bilheterias brasileiras. Além disso, o desempenho positivo também pode ser atribuído aos fãs de cultura japonesa e do próprio personagem Godzilla — que, em sua franquia hollywoodiana, vendeu 2,6 milhões de ingressos no Brasil desde 2014. Vale lembrar que o resultado foi alcançado mesmo sem a presença de astros de Hollywood na produção e uma campanha de divulgação robusta e ampla. Portanto, o resultado é especialmente positivo para a Sato Company, distribuidora independente responsável pelo longa.

No circuito de Godzilla minus one, o destaque entre as redes exibidoras ficou com Kinoplex, liderado pelo GSR Kinoplex D. Pedro, em Campinas. Os melhores desempenhos por complexo chamam atenção também pela diversa aderência do filme em termos de cidades e regiões.

Wonka supera 1,2 milhão de espectadores

Wonka (Warner) também ultrapassou importante marca ontem: 1,2 milhão de espectadores. O longa alcançou este resultado após atrair 80,6 mil pessoas para suas sessões de segunda-feira e vender 378,5 mil ingressos entre quinta-feira e domingo. O resultado representa uma queda tênue de apenas 24% em termos de público e 23% em renda (R$ 8,1 milhões).

A tendência de quedas brandas para títulos familiares foi vista também na animação Trolls 3 – Juntos novamente (Warner), retraindo 38% em renda (243,3 mil) e 35% em público (13,3 mil).

Filmes que circulam no circuito de arte também tiveram boas sustentações. Monster (Imovision) teve as menores queda do top 20, abaixo da casa dos 20%, e Folhas de outono (O2 Play/Mubi) teve retrações abaixo dos 25%.

Novo Jogos Vorazes supera público do original

Dentro do top 5, vale chamar atenção para o terceiro colocado, Jogos Vorazes – A cantiga dos pássaros e das serpentes (Paris), que superou o público do primeiro filme, totalizando 1,98 milhão de espectadores, após atrair 64,7 mil pessoas para suas sessões (-45%) e arrecadar R$ 1,4 milhão (-44%). O longa deve ultrapassar 2 milhões de ingressos vendidos ainda hoje.

Napoleão (Sony), que gerou R$ 1,3 milhão (-50%) com a venda de 47,2 mil ingressos  (-53%), já totaliza 783,8 mil espectadores acumulados.

Após uma retração de 42% em renda (R$ 975,8 mil) e público (43,2 mil) neste fim de semana, O sequestro do voo 375 (Disney) se tornou a quarta maior bilheteria (R$ 3,4 milhões) e o quinto maior público (165,7 mil) de um filme brasileiro em 2023.

Além de Godzilla minus one, outros sete títulos inéditos entraram para o top 20 do fim de semana, com destaque para A maldição do Queen Mary (Diamond), que ficou com a sexta posição do ranking (R$ 676,8 mil/32,4 mil), o brasileiro Tá escrito (Dt/Paris), que, no oitavo lugar, rendeu R$ 435,8 mil após vender 21,5 mil ingressos, e o infantil A viagem encantada (Playarte), que ficou com a nona posição (R$ 252,6 mil/12,6 mil). A lista inclui ainda: a exibição do show de k-pop Seventeen tour ‘Follow’ to Japan – Live viewing (Trafalgar), que ocorreu apenas no sábado, as prés de Os Três Mosqueteiros – Milady (Paris), Quem fizer ganha (Disney) e o brasileiro Uma carta para Papai Noel (Pandora).

No total, os cinemas brasileiros passaram por uma retração dentro da casa dos 21% neste fim de semana, quando as bilheterias registraram R$ 17,2 milhões e 794,4 mil ingressos vendidos. A cine-semana, no entanto, tem chances de fechar em crescimento, considerando que amanhã ocorre o lançamento de Aquaman 2 – O reino perdido (Warner), que promete movimentar o circuito brasileiro.

Bilheteria global deve cair 5% em 2024

A Gower Street Analytics, empresa especialista em pesquisas de bilheteria, estima que, em 2024, os cinemas mundiais arrecadem 5% a menos do que captaram em 2023, e 20% a menos se comparado com a média do período pré-pandêmico (2017-2019).

A queda nas expectativas é reflexo das greves de Hollywood que ocorreram nos últimos meses, afetando longas em produção e atrasando lançamentos.

A análise leva em conta também o calendário de estreias previsto para o próximo ano. De acordo com a companhia, o ano de 2023 deve fechar com US$ 33,4 bilhões, e 2024, com US$ 31,5 bilhões globais.

Segundo projeções da Gower Street, o mercado norte-americano deve ser o mais afetado em 2024, com retração de 11% em relação a 2023, seguido por Europa/Oriente Médio/África (-9%), América Latina (-8%) e território Ásia Pacífico (desconsiderando a China), que deve cair cerca de 2% apenas.

A previsão é compatível com o que espera o próprio mercado brasileiro (entre -5% e -7% por aqui). Exibidores consultados pela Filme B dizem, porém, que o cinema nacional pode ser fator determinante para reverter esse quadro, já que o line-up nacional previsto para 2024 está forte.

 

‘Wonka’ repete liderança no Brasil, e ‘A cantiga’ passa público do original

Em um comportamento típico de período de férias, Wonka (Warner), um filme para toda a família, manteve a liderança (376 mil ingressos vendidos e R$ 8 milhões arrecadados) e teve a melhor sustentação deste fim de semana (uma queda de apenas -28% em público), de acordo com dados estimados do Filme B Box Office Brasil. Com isso, o longa bateu a marca de 1 milhão de público, chegando a um acumulado de 1,1 milhão.

Além disso, Wonka repetiu a maior média de público por sessão do top 10: 33 pessoas em cada exibição. 

A principal novidade no circuito foi o vice-líder Godzilla minus one (Sato Company), que abriu com 89 mil de público e R$ 1,8 milhão em renda. É um resultado sólido para uma produção japonesa que, apesar de carregar no título uma marca muito conhecida, não traz nomes conhecidos de Hollywood nem conta com a campanha maciça de uma major.

A cantiga passa público do primeiro Jogos Vorazes

Um feito importante foi alcançado pelo terceiro colocado, Jogos Vorazes – A cantiga dos pássaros e das serpentes (Paris). Após vender mais 65 mil ingressos neste fim de semana, o longa chegou a um acumulado de 1,9 milhão e ultrapassou oficialmente o público do primeiro capítulo da franquia, lançado em 2012. É um sinal de que o filme está indo particularmente bem no Brasil, já que em outros países essa vitória não foi vista ainda. Nos EUA, por exemplo, está longe de acontecer.

O nacional Tá escrito (Dt/Paris) também abriu oficialmente neste fim de semana após um período de pré-estreias, tendo arrecadado R$ 444 mil a partir da venda de 23 mil ingressos. No acumulado, já foi visto por 31 mil pessoas, rendendo R$ 616 mil. Apesar disso, emplacou apenas a oitava posição, e ficou abaixo da expectativa do mercado, que via na Larissa Manoela um nome capaz de atrair um alto número de espectadores. Tá escrito acabou com a menor média de público por sessão: quatro pessoas.

Sem novos blockbusters, fim de semana cai 22%

As outras novidades no top 10 foram A maldição do Queen Mary (Diamond), em sexto lugar, e A viagem encantada (Playarte), em nono.

Sem o lançamento de um grande blockbuster, os cinemas brasileiros venderam 785 mil ingressos e geraram R$ 17 milhões de quinta a domingo, o que representa uma queda 22% em relação ao fim de semana anterior.

‘Wonka’ supera US$ 150 milhões e lidera nos EUA

Wonka (Warner) abriu em 41 novos territórios neste fim de semana, incluindo os EUA, onde liderou as bilheterias com US$ 39 milhões arrecadados. No total, o filme conquistou a posição mais alta do ranking em 60 dos 77 mercados que o exibiram, e, no total, foram captados US$ 92,6 milhões com suas sessões globais neste fim de semana.  

O desempenho representa um crescimento de 114,3%, justamente por causa da estreia nos EUA. O longa protagonizado por Timothée Chalamet agora totaliza US$ 151,4 milhões.

Jogos Vorazes supera US$ 300 milhões 

Quem também ultrapassou uma importante marca global neste fim de semana foi Jogos Vorazes – A cantiga dos pássaros e das serpentes (Lionsgate), que superou US$ 300 milhões neste fim de semana. O resultado foi alcançado com a arrecadação de US$ 12,3 milhões (-39,7%) nos últimos dias, quando conquistou a quarta colocação do ranking global.

Chama atenção que o prelúdio da franquia está entre as cinco maiores bilheterias do fim de semana desde sua estreia, no fim de novembro. Nos EUA, seu aproveitamento ao longo da carreira é ainda mais notável, ocupando as duas primeiras posições do ranking desde o lançamento. 

Na terceira colocação global, Wish – O poder dos desejos (Disney) teve a menor retração do top 5, caindo apenas 11,4% ao captar US$ 15,4 milhões. A animação, que agora conta com US$ 126,2 milhões globais, chega aos cinemas brasileiros no primeiro fim de semana de 2024.

Títulos asiáticos são maioria no top 10

No total, seis títulos do top 10 deste fim de semana são produções asiáticas. Os chineses Endless Journey e Wolf hiding ficaram, respectivamente com a vice-liderança global (US$ 20,5 milhões) e a quinta colocação (US$ 11,2 milhões) do ranking. O top 10 contou ainda com o sul-coreano 12:12 The Day e os japoneses Detective Conan – Black iron submarine, The boy and the heron e Godzilla minus one.

Warner/Universal apostam alto em ‘Aquaman 2’ e ‘Patos!’

Warner e Universal têm, respectivamente, dois arrasa-quarteirões para as próximas semanas: Aquaman 2 – O reino perdido (20 de dezembro) e Patos! (4 de janeiro). Ambos foram apresentados a exibidores nesta sexta-feira, 15, no Knoplex Parque da Cidade, em São Paulo, e chamaram atenção pela grandiosidade e qualidade técnica e visual — o que é, claro, sempre mais bem apreciado na tela grande.

No caso de Aquaman 2, a Warner quer repetir o sucesso do primeiro capítulo, que levou 8 milhões de brasileiros aos complexos em 2018. Tanto que o investimento direcionado à sequência é do mesmo tamanho.

“Não se mexe em time que está ganhando. Até Coringa, Aquaman era o maior filme da Warner no Brasil. A campanha do segundo será parecida”, disse o gerente de trade marketing Renato Oliveira.

Grandes desafios

Exibidores, no entanto, ressaltaram que o mercado mudou de lá para cá, e, para eles, embora seja improvável que a continuação faça os mesmos números do anterior, deve contribuir com resultados neste fim de ano. Aquaman 2 também tem o desafio de enfrentar a chamada “ressaca dos super-heróis”, tese de que esse filão de blockbusters teria entrado em desgaste.

Mas segue a vapor toda a divulgação, que tomou um novo rumo após a vinda do elenco para a CCXP, quando a plateia reagiu com estrondo à presença do astro Jason Momoa. A partir dali, lembra Renato, a repercussão nas redes sociais disparou. O ator também foi entrevistado pelo Fantástico, da TV Globo, e o filme ganhou uma ativação em uma prova do reality A Fazenda, da Record.

Patos! pode ser a grande animação das férias de janeiro

Já no caso de Patos!, primeiro capítulo de uma possível nova saga, o objetivo é repetir o sucesso de outras franquias do estúdio Illumination já conhecidas previamente pelo público, como Mario Bros. e Meu malvado favorito. Para se ter uma ideia, a Universal vai envelopar o aeroporto de Guarulhos exatamente como fez com Minions 2 — ação que, na época, rendeu reportagens e muitos comentários nas redes sociais. Mas a produção vai enfrentar competição com outra animação que estreia no mesmo dia: Wish (Disney).

Ao fim da sessão, exibidores vibravam com o potencial de público da animação, por carregar uma história leve e colorida, além de um visual arrebatador e piadas divertidas. A história acompanha uma família de cinco patos que, após viver a vida inteira em um lago, decidem migrar para a Jamaica durante o inverno.

“Será o mesmo nível de investimento de Mario. Vamos apostar tudo. Será o maior filme das férias de janeiro. Todo mundo que tem família vai se apaixonar pela história”, completou Renato.

“Nossa competição não é com o cinema brasileiro,” afirma Ingrid Guimarães

Segundo a Paris Filmes, o trailer de Minha irmã e eu já ultrapassou a marca de 20 milhões de visualizações nas redes sociais. O número dá conta de entender a expectativa em torno da comédia e do apelo que Ingrid Guimarães e Tatá Werneck representam quando aparecem juntas nas telonas sob o comando da diretora Susana Garcia, responsável também por sucessos como Minha mãe é uma peça 3 e Minha vida em Marte.

O time chega aos cinemas brasileiros oficialmente no dia 28 de dezembro, mas já no Natal, dia 25, tomará conta do circuito com sessões antecipadas, em um período que, há alguns anos, era característico dos filmes protagonizados por Paulo Gustavo. A data é, portanto, oportuna, e, de acordo com o trio, o humorista é parte do filme.

“O Paulo está presente em tudo,” afirma Tatá durante a coletiva de imprensa do filme, realizada na noite de quinta-feira, 14. “Nessa época do ano ele chegava com um filme que falava sobre amor e que levava a família para os cinemas para rir.” Minha irmã e eu, chega com premissa semelhante, levando a comédia familiar para as telonas com o objetivo de divertir, emocionar e provocar identificação na mesma medida, como aponta Susana Garcia. “Só a risada pura fica muito superficial,” afirma a diretora. 

Susana, inclusive, chegou ao projeto justamente por sua conexão pessoal e profissional com Paulo Gustavo, como uma homenagem das protagonistas e idealizadoras do projeto ao humorista, que era amigo das três.

O trio, que se inspirou nas próprias experiências para levar a conexão entre irmãs para as telonas, ressalta ainda a identidade feminina do filme, que se estende para trás das câmeras e busca imprimir uma imagem fiel, que possa atrair principalmente as mulheres para as salas.

Participações são atrativo adicional da trama

Além da dupla Ingrid Guimarães e Tatá Werneck — que juntas já venderam mais de 14,5 milhões de ingressos com seus respectivos filmes —, Minha irmã e eu conta com atrativos adicionais de público: as participações especiais. O longa traz nomes como Lázaro Ramos e Taís Araújo, a cantora Iza, e até mesmo a dupla Chitãozinho e Xororó. 

A equipe acreditou tanto no potencial desses nomes, que os conflitos de agenda foram o menor dos problemas para a produção. “Ficamos praticamente um ano e meio para conseguir a participação de Chitãozinho e Xororó. Foi um investimento nosso que valeu a pena,” conta Verônica Stumpf, Head da Paris Entretenimento.

“Nossa competição não é com o cinema brasileiro”

Assim como todos os títulos brasileiros lançados em 2023, Minha irmã e eu esbarra em um grande desafio: atrair os espectadores para os cinemas, já que, até o momento, os nacionais só alcançaram 2,3% do market share de público e do ano, e 2,1% da renda.

O obstáculo poderia se tornar maior com a chegada simultânea de Minha irmã e eu e Mamonas Assassinas – O filme nos cinemas brasileiros, no dia 28 de dezembro. Mas Ingrid Guimarães defende: “nossa competição não é com o cinema brasileiro, é com Aquaman”. Vale lembrar que a superprodução hollywoodiana estreia na semana anterior às duas obras nacionais, e encontra um mercado muito disputado.

A Paris, no entanto, garante que Minha irmã e eu tem um amplo circuito garantido, e uma campanha que trará resultados. Verônica Stumpf explica que a estratégia da empresa é estar presente em todos os lugares, desde a mídia tradicional até as redes sociais e os mobiliários urbanos. “Temos sempre buscado trazer essa consciência de que o cinema brasileiro é bom, fala das nossas histórias, nossa cultura e nossas referências. Ingrid, Tatá e Susana têm sido fundamentais para nos ajudar nesse momento.”

 

Férias contam com estreias de ‘Meninas malvadas’, ‘Nosso lar 2’ e ‘Patos!’

As férias escolares já refletem nos resultados das bilheterias, e o período promete ainda mais moviemento nos cinemas, com a chegada de títulos para todo tipo de público. Até fevereiro de 2024, o circuito brasileiro recebe Meninas malvadas (Paramount), que visa atrair principalmente o público femino e LGBTQIA+, semelhante ao de Barbie. A lista de lançamentos inclui ainda o brasileiro Nosso lar 2 (Disney), visando os espectadores que se identificam com a doutrina espírita, responsáveis pela venda de 4 milhões de ingressos do título original, e, para as famílias, chega a animação Patos! (Universal).

Confira abaixo o panorama completo dos lançamentos que chegam por aqui até fevereiro de 2024 – com destaque em rosa para os títulos que tiveram sua data de estreia alterada recentemente. Para demais filmes, consulte o Calendário de estreias Filme B.